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Plano de Contas para Construtoras: Como Montar do Zero e Otimizar a Gestão Financeira

  • Foto do escritor: Camila Ribeiro
    Camila Ribeiro
  • 10 de out.
  • 7 min de leitura

A gestão financeira na construção civil é notoriamente complexa. Diferentemente de outros setores, a contabilidade de uma construtora precisa lidar com projetos de longo prazo, custos diretos e indiretos variáveis, e a necessidade de rastrear a rentabilidade por obra. A ferramenta fundamental para organizar essa complexidade é o Plano de Contas.


Um Plano de Contas para construtoras bem estruturado não é apenas uma exigência contábil; é um mapa financeiro que permite a análise de desempenho, a tomada de decisões estratégicas e o controle rigoroso dos custos. Este guia detalha o que é, por que é essencial e o passo a passo para montar o seu do zero.


Plano de Contas para Construtoras: Como Montar do Zero e Otimizar a Gestão Financeira

O que você vai ver:


O que é Plano de Contas e Por Que é Essencial na Construção Civil?


O Plano de Contas é um conjunto padronizado de códigos e nomes que classifica todas as transações financeiras de uma empresa (receitas, despesas, ativos e passivos).


Na construção civil, sua importância é amplificada por dois fatores cruciais:


  • Centros de Custos por Obra: O Plano de Contas permite a criação de Centros de Custos específicos para cada projeto (obra), possibilitando que a construtora saiba exatamente o custo e a rentabilidade de cada empreendimento individualmente.


  • Rastreabilidade de Custos: Facilita a separação e o controle dos custos diretos (materiais, mão de obra) e custos indiretos (administração, seguros), essenciais para a correta precificação e aplicação do BDI.


A Estrutura Ideal do Plano de Contas para Construtoras


A estrutura contábil básica segue a legislação, mas a personalização é vital para a gestão gerencial. O Plano de Contas é organizado em grupos principais, geralmente representados por códigos numéricos.


Grupo Principal

Código

Descrição

Ativo

1

Bens e direitos da empresa (Caixa, Bancos, Contas a Receber, Estoques, Imobilizado).

Passivo

2

Obrigações da empresa (Fornecedores, Empréstimos, Obrigações Fiscais e Trabalhistas).

Receitas

3

Entradas de recursos (Venda de Imóveis, Receita de Serviços de Construção).

Custos

4

Gastos diretamente ligados à produção (Custos Diretos e Indiretos da Obra).

Despesas

5

Gastos necessários para a manutenção da atividade, mas não ligados à produção (Despesas Administrativas, Comerciais, Financeiras).

O Detalhamento Estratégico: Custos e Despesas


Para uma construtora, o maior valor gerencial está no detalhamento dos grupos Custos (4) e Despesas (5).


Exemplo de Estrutura de Custos (Grupo 4)

Código

Conta

Detalhamento Gerencial

4.1

Custos da Obra (Centros de Custos)

Essencial: Cada obra deve ser um Centro de Custo (ex: 4.1.01 - Obra Residencial A).

4.1.1

Custos Diretos

Materiais, Mão de Obra Direta, Equipamentos.

4.1.2

Custos Indiretos da Obra

Salário do Engenheiro Residente, Despesas de Canteiro (água, luz, telefone).

4.2

Custos de Incorporação

Custos com terrenos, projetos, licenças.

Exemplo de Estrutura de Despesas (Grupo 5)

Código

Conta

Detalhamento Gerencial

5.1

Despesas Administrativas

Salários da Sede, Aluguel do Escritório Central, Material de Escritório.

5.2

Despesas Comerciais

Marketing, Vendas, Comissões.

5.3

Despesas Financeiras

Juros, Tarifas Bancárias.


Passo a Passo: Como Montar o Plano de Contas do Zero


Montar um Plano de Contas eficaz exige planejamento e alinhamento com a contabilidade e a engenharia da empresa.


Passo 1: Defina os Objetivos Gerenciais


Antes de codificar, pergunte: Que informações eu preciso para tomar decisões?


  • Preciso saber a rentabilidade de cada obra? (Sim, use Centros de Custos).


  • Preciso separar custos por etapa (Fundação, Estrutura, Acabamento)? (Sim, crie subcontas).


  • Preciso controlar o gasto com marketing? (Sim, detalhe Despesas Comerciais).


Passo 2: Estrutura Básica e Níveis de Detalhamento


Comece com os cinco grupos principais (Ativo, Passivo, Receitas, Custos, Despesas). Use a codificação hierárquica (ex: 4.1.1.01) para permitir o agrupamento e o detalhamento.


  • Nível 1 (Ex: 4): Grupo Principal (Custos)

  • Nível 2 (Ex: 4.1): Subgrupo (Custos da Obra)

  • Nível 3 (Ex: 4.1.1): Tipo de Custo (Custos Diretos)

  • Nível 4 (Ex: 4.1.1.01): Conta Analítica (Cimento)


Passo 3: Crie os Centros de Custos (A Chave para a Construtora)


Cada obra em andamento deve ser um Centro de Custo. Isso permite que, ao lançar uma nota fiscal de compra de cimento, você a vincule não apenas à conta "4.1.1.01 - Cimento", mas também ao Centro de Custo "Obra X".


Passo 4: Alinhe com a Contabilidade e o Orçamento


O Plano de Contas deve ser o elo entre o setor financeiro e o setor de engenharia. As contas de custos devem refletir a mesma nomenclatura utilizada no orçamento de obras (ex: se o orçamento usa "Mão de Obra de Estrutura", o Plano de Contas deve ter uma conta correspondente).


A Importância da Integração com o Orçamento


O Plano de Contas atinge seu potencial máximo quando está integrado ao orçamento.


Quando o orçamento de uma obra é aprovado, ele define o limite de gastos para cada conta (Centros de Custos). O Plano de Contas, ao registrar os gastos reais, permite a comparação imediata entre o Orçado e o Realizado.


Essa integração é vital para:


  1. Controle de Desvios: Identificar rapidamente se o gasto com "4.1.1.02 - Aço" na "Obra Y" está acima do previsto.


  2. Análise de Rentabilidade: Determinar a margem de lucro real de cada projeto, e não apenas da empresa como um todo.


  3. Previsão Financeira (Forecast): Usar dados históricos de contas específicas para projetar custos futuros com maior precisão.


Leia também: "Gestão Financeira na Construção Civil: O Guia Completo [2025]"


Checklist de Implementação do Plano de Contas


A implementação de um novo Plano de Contas deve ser metódica para garantir a adesão e a eficácia.


Etapa

Ação Detalhada

Responsável

1. Planejamento

Definir Objetivos: Reunir-se com a diretoria e a engenharia para mapear as necessidades gerenciais e de relatórios.

Diretoria / Financeiro

2. Estrutura

Elaborar a Estrutura: Criar a codificação hierárquica (1, 2, 3, 4, 5) e detalhar as contas de Custos e Despesas.

Contabilidade / Financeiro

3. Centros de Custos

Mapear Obras: Definir o padrão de codificação dos Centros de Custos (ex: por projeto, por fase).

Engenharia / Financeiro

4. Alinhamento

Revisão Contábil: Validar a estrutura com o contador para garantir a conformidade fiscal e legal.

Contabilidade

5. Integração

Configurar o Sistema de Gestão de Obras: Inserir o novo Plano de Contas no sistema de gestão e configurar a vinculação com os Centros de Custos.

TI / Financeiro

6. Treinamento

Capacitar Equipes: Treinar as equipes de Compras, Financeiro e Engenharia sobre como usar as novas contas e Centros de Custos nos lançamentos.

Financeiro / RH

7. Monitoramento

Auditoria Inicial: Realizar auditorias nos primeiros 30 dias para corrigir erros de lançamento e garantir a correta utilização.

Financeiro


FAQ - Perguntas Frequentes sobre Plano de Contas


Qual a diferença entre Plano de Contas Contábil e Gerencial?

O Plano de Contas Contábil segue normas legais e fiscais, sendo obrigatório. O Plano de Contas Gerencial é uma versão mais detalhada e personalizada, focada nas necessidades de análise interna da construtora (como a separação por Centros de Custos e o detalhamento de custos por insumo), sendo a base para a tomada de decisão.

Posso usar o mesmo Plano de Contas para todas as minhas obras?

Sim, o Plano de Contas (a lista de códigos e nomes) é único para a empresa. O que muda é o Centro de Custo, que deve ser específico para cada obra. Ao lançar uma despesa, você usa a conta (ex: 4.1.1.01 - Cimento) e vincula ao Centro de Custo (ex: Obra A ou Obra B).

Com que frequência devo revisar meu Plano de Contas?

O Plano de Contas deve ser revisado anualmente ou sempre que houver uma mudança significativa na estrutura da empresa, nos tipos de projetos executados ou nas exigências fiscais.


A Otimização Financeira com o Sistema de Gestão de Obras da Brickup


A eficácia do Plano de Contas depende diretamente da ferramenta utilizada para gerenciar os lançamentos. Um Sistema de Gestão de Obras, como o da Brickup, transforma o Plano de Contas de um documento estático em uma ferramenta de gestão dinâmica e integrada.


Integração do Plano de Contas com o Sistema de Gestão de Obras da Brickup


  1. Lançamento Integrado: Na Brickup, o lançamento de uma compra ou despesa é feito de forma única, onde o usuário insere o código da conta (ex: 4.1.1.01 - Cimento) e o Centro de Custo (Obra X) simultaneamente. Isso garante que cada transação seja classificada corretamente desde a origem.


  2. Rastreabilidade Automática por Obra: O sistema utiliza o Centro de Custo para rastrear automaticamente a rentabilidade de cada projeto. Ao invés de planilhas manuais, o gestor tem acesso a dashboards que mostram o desempenho financeiro de cada obra em tempo real.


  3. Comparativo Orçado vs. Realizado: A Brickup permite que o Plano de Contas seja vinculado ao orçamento da obra. O sistema compara o valor orçado para cada conta (ex: o limite de gasto com "Mão de Obra de Estrutura") com o valor real lançado, emitindo alertas sobre desvios e ajudando a manter o projeto dentro do budget.


  4. Relatórios Gerenciais Customizados: O Sistema de Gestão de Obras da Brickup utiliza a estrutura hierárquica do Plano de Contas para gerar relatórios gerenciais detalhados, como o DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício) por obra ou por tipo de despesa, fornecendo a inteligência necessária para a tomada de decisão estratégica.



Ao digitalizar e automatizar a aplicação do Plano de Contas, o Sistema de Gestão de Obras da Brickup garante que a construtora tenha um controle financeiro preciso, eliminando erros de classificação e fornecendo uma visão clara da saúde financeira do negócio.


Teste gratuitamente o Sistema de Gestão de Obras da Brickup clicando aqui.



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