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Como Fazer o Fluxo de Caixa de uma Obra: Passo a Passo [com Exemplos]

  • Foto do escritor: Camila Ribeiro
    Camila Ribeiro
  • 4 de out.
  • 6 min de leitura

Na gestão de uma construtora, existe um indicador que funciona como o "oxigênio" de cada projeto: o fluxo de caixa. Mais do que apenas registrar o que entra e sai da conta bancária, ele é a ferramenta de gestão mais poderosa para garantir a saúde financeira, a previsibilidade e a execução sem sobressaltos de uma obra.


Na construção civil, onde os ciclos são longos, os custos são altos e as receitas são intermitentes (dependentes de medições e financiamentos), um fluxo de caixa desorganizado é a principal causa de crises. Ele pode levar a atrasos no pagamento de fornecedores, paralisação de serviços e, no pior cenário, ao endividamento que compromete a lucratividade de todo o projeto.


Aqui, você vai entender o que é o fluxo de caixa, por que ele é tão vital para a construção, como projetá-lo corretamente e quais são as melhores práticas para manter o controle financeiro da sua obra no azul.



Como Fazer o Fluxo de Caixa de uma Obra: Passo a Passo [com Exemplos]


O que você vai ver:


O que é Fluxo de Caixa na Construção Civil?


Fluxo de caixa é o registro e a análise de todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de dinheiro) de uma empresa, projeto ou obra, durante um determinado período. Ele é o retrato fiel da capacidade de uma obra gerar e utilizar seus recursos financeiros.


Na construção civil, o fluxo de caixa tem particularidades que exigem um controle ainda mais rigoroso:


Entradas (Receitas): Não são constantes. Elas vêm de fontes variadas e em datas específicas, como:

  • Recebimento de medições de obra: Pagamentos feitos pelo cliente conforme o avanço físico.

  • Liberação de financiamentos bancários: Repasses de instituições financeiras.

  • Adiantamentos contratuais: Valores recebidos no início do contrato.

  • Venda de unidades (em incorporações): Entradas de clientes finais.


Saídas (Despesas e Custos): São os desembolsos necessários para manter a obra em andamento:

  • Pagamento de fornecedores: Compra de materiais como cimento, aço e areia.

  • Mão de obra: Salários, encargos sociais (INSS, FGTS) e benefícios.

  • Custos indiretos: Aluguel de equipamentos, contas de água e luz do canteiro.

  • Tributos e Impostos: Pagamento de ISS, PIS, COFINS, etc.


Enquanto a DRE (Demonstrativo de Resultados) mostra se a obra deu lucro ou prejuízo (regime de competência), o fluxo de caixa mostra se há dinheiro em caixa para pagar as contas do dia a dia (regime de caixa). Uma obra pode ser lucrativa no papel, mas quebrar por falta de caixa.

O que é Fluxo de Caixa na Construção Civil?

Por que o Fluxo de Caixa é Tão Importante em Obras?


Gerenciar o fluxo de caixa vai muito além de uma obrigação contábil. É uma prática estratégica que oferece quatro vantagens competitivas:


Antecipação de Riscos e Previsibilidade

Um fluxo de caixa projetado permite "viajar no tempo" e identificar com semanas ou meses de antecedência os períodos em que as saídas serão maiores que as entradas. Isso dá tempo para a construtora se planejar, seja negociando prazos ou buscando capital de giro.


Tomada de Decisão Mais Segura

Com visibilidade financeira, o gestor pode decidir com segurança o melhor momento para fazer uma grande compra de material, investir em um novo equipamento ou contratar mais mão de obra, sem comprometer o pagamento das contas essenciais.


Poder de Negociação com Fornecedores

Ao saber exatamente quando terá dinheiro em caixa, o gestor pode negociar melhores condições com fornecedores. Por exemplo, pode conseguir descontos para pagamentos à vista em meses de superávit ou negociar prazos mais longos em meses de aperto.


Garantia da Continuidade da Obra

Este é o benefício mais fundamental. Um fluxo de caixa saudável garante que haverá recursos para pagar salários e fornecedores em dia, evitando o pior cenário possível: a paralisação da obra por falta de dinheiro.


Como Projetar o Fluxo de Caixa de uma Obra (Passo a Passo)


Uma projeção bem-feita é a base de todo o controle. Siga estas 5 etapas para criar um fluxo de caixa realista e funcional.


Etapa 1: Defina o Horizonte e a Frequência

Decida por quanto tempo você irá projetar (o ideal é para toda a duração da obra) e com que frequência irá analisar os dados. Para a construção civil, uma análise semanal é a mais recomendada, pois permite ações corretivas rápidas.


Etapa 2: Liste Todas as Entradas Previstas


Seja conservador e realista. Mapeie todas as entradas de dinheiro e suas datas prováveis:

  • Cronograma de recebimento das medições do cliente.

  • Datas de liberação das parcelas do financiamento.

  • Previsão de vendas de unidades.


Etapa 3: Liste Todas as Saídas Previstas


Esta é a parte mais trabalhosa. Detalhe todos os compromissos financeiros:

  • Custos Diretos: Pagamentos de materiais, mão de obra e equipamentos.

  • Custos Indiretos: Despesas administrativas, contas do canteiro.

  • Impostos: Programe as datas de vencimento dos tributos.

  • Folha de Pagamento: Inclua salários, 13º, férias e todos os encargos.


Etapa 4: Integre ao Cronograma Físico-Financeiro


O fluxo de caixa não pode ser um documento isolado. Ele deve estar 100% alinhado ao cronograma físico-financeiro da obra. Se o cronograma diz que a fase de fundação (que consome muito concreto e aço) será em março, o seu fluxo de caixa deve prever uma grande saída de dinheiro para fornecedores nesse mês.


Etapa 5: Compare o Projetado vs. Realizado


A projeção é o seu mapa, mas o "realizado" é o território. Semanalmente, você deve lançar todas as entradas e saídas que de fato ocorreram e comparar com o que foi projetado. Essa comparação é crucial para:

  • Identificar desvios de custo.

  • Ajustar as projeções futuras.

  • Entender o comportamento financeiro da obra..



Erros Comuns no Controle do Fluxo de Caixa (e Como Evitá-los)


1. Não Separar por Centro de Custo: Misturar as finanças de várias obras em uma única conta é um erro fatal. Cada obra deve ser um "centro de custo" separado para que você saiba exatamente qual projeto está dando lucro ou prejuízo.


2. Ignorar Custos "Invisíveis": Esquecer de provisionar impostos, encargos trabalhistas e taxas de licenciamento pode criar um rombo inesperado no caixa.


3. Usar Planilhas Desatualizadas: Tomar uma decisão de compra com base em uma planilha que não é atualizada há dias é como dirigir olhando pelo retrovisor. O risco de erro é altíssimo.


4. Falta de Integração: Se o setor de compras faz um pedido, o financeiro precisa saber imediatamente para provisionar o pagamento. A falta de integração entre orçamento, compras e financeiro é uma das maiores fontes de descontrole.



FAQ – Perguntas Frequentes sobre Fluxo de Caixa na Construção Civil


Qual a diferença entre fluxo de caixa e DRE?

A DRE mostra o lucro ou prejuízo da obra (competência), enquanto o fluxo de caixa mostra o dinheiro disponível (caixa). Uma obra pode ser lucrativa na DRE, mas ter fluxo de caixa negativo se os clientes atrasam o pagamento.

Como projetar um fluxo de caixa para obras?

Alinhe o cronograma de desembolsos do seu orçamento ao calendário da obra. Liste todas as receitas previstas (medições, vendas) e todas as despesas (materiais, mão de obra, impostos) mês a mês ou semana a semana. Que tal usar um app para isso?

O que é capital de giro em uma obra?

É o montante de recursos que a construtora precisa ter em caixa para cobrir as despesas operacionais enquanto as receitas (medições, vendas) ainda não entraram. Um fluxo de caixa bem projetado ajuda a calcular essa necessidade.

Qual a melhor ferramenta para controlar o fluxo de caixa?

Planilhas são um ponto de partida, mas se tornam ineficientes e arriscadas rapidamente. Softwares de gestão financeira (ERPs) como a Brickup são a melhor opção, pois automatizam os lançamentos, integram com outras áreas (compras, orçamento) e geram relatórios confiáveis em tempo real.

Qual o jeito mais fácil de manter o fluxo de caixa sempre atualizado?

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O Controle do Caixa é o Controle da Obra


O fluxo de caixa é a espinha dorsal da saúde financeira de qualquer construtora. Em um setor com tantas variáveis, ter previsibilidade e controle sobre o dinheiro não é um luxo, mas uma condição para a sobrevivência e o crescimento.


Projetar corretamente, acompanhar de perto o "projetado vs. realizado" e usar a tecnologia para automatizar o processo são os passos fundamentais para garantir que os recursos estarão disponíveis no momento certo. Isso evita atrasos, juros desnecessários e, o mais importante, garante que cada projeto seja concluído com segurança e lucratividade.


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